quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ligth Cell

Fig.1 - Célula S2 de Drosophila melanogaster em metafase.
Cedida por: Irina Matos

Fig.2 - Foto em ligth painting a reproduzir uma célula em metafase.
Autores: Physiology Course 2009, MBL, Woods Hole.
Cedida por: Irina Matos.

"Um dia disseram-me que as células eram como um ovo estrelado. Imaginei que teriam aquela forma que só o ovo estrelado tem e que seriam pintadas de duas cores, a branco e a amarelo.
Quando somos pequeninos imaginamos muitas coisas, mas de que cor seriam mesmo? e as coisas que existem dentro da célula? teriam cor? é difícil imaginar uma estrutura viva sem cor, sem luz, sem movimento.
Hoje quando olho para as células através do microscópio é difícil não pensar instantaneamente nas cores que por defeito lhes são atribuídas. Fecho os olhos e estas cores raramente se misturam. De tão perfeitas as células parecem arco-íris, cheias de estradas e cruzamentos, lugares onde o caos e a ordem coexistem, onde a informação não se perde nem se esgota. Estes lugares são detalhados e revelados pelo uso de diferentes fluoróforos que nos podem levar para lá, onde a imaginação ainda não chegou. Posso escolher e pintar os detalhes das células de qualquer cor. Os cromossomas pinto a azul, os microtúbulos a verde e os centrossomas a vermelho. Pinto com estas e outras cores e tudo não passa de uma percepção visual que rapidamente é sentida pela retina e transmitida ao cérebro pelo nervo óptico. Cada detalhe tem a cor que eu quero, mas... e na realidade? qual é a verdadeira cor?"

Irina Matos, Investigadora CID LAB, IBMC.

Na Noite dos Investigadores de 2010 lançaremos um concurso de ligth painting para reproduzir imagens de células. Fiquem atentos em breve daremos mais informações acerca do concurso.

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